Nos países onde a profissão está regulamentada, como Portugal, para se poder usar o título osteopata é necessária formação mínima de 4 anos (240ECTS) no ensino superior, uma licenciatura. Tem algumas similaridades com outros cursos de saúde, mas com mais ênfase na anatomia palpatória, na medicina musculoesquelética e em modelos de relação estrutura-função. O curso tem que incluir pelo menos 1000 horas de estágio supervisionado em clínica osteopática onde o estudante trata pacientes sob a orientação de profissionais experientes.
Por lei, todos os osteopatas têm que estar registados na Autoridade Central dos Sistemas de Saúde (ACSS), e ainda não existe uma ordem profissional, como no Reino Unido o General Osteopathic Council (GOsC). É considerado crime alguém denominar-se osteopata se não estiver registado.
Em Portugal a regulamentação está em vigor. Procure osteopatas registados que tenham formação superior em osteopatia e cédula profissional definitiva.
BSc (Hons) Osteopathy é um “bachelor in science of Osteopathy with honours”, ou seja é o equivalente em Portugal a uma licenciatura. Quem não tem o (Hons), não tem o grau de licenciado e não fez a sua formação no Reino Unido.
A British Medical Association (BMA) encoraja que os médicos recomendem a osteopatia aos seus pacientes, sempre que apropriado.
A resposta curta seria: aplica técnicas de base manual e dá explicações e recomendações de acordo com objetivos clínicos, definidos segundo uma linha de princípios filosóficos que tem como base a individualidade humana e o seu ecosistema.
O tratamento osteopático não está apenas focado nos sintomas, mas aborda as partes e funções do corpo que possam ter causado ou estar a contribuir para a não autorresolução do problema. Essa abordagem inclui uma apreciação educada de fatores emocionais e cognitivos do paciente a esses sintomas ou preocupações. O osteopata tenta conhecer os problemas que lhe são apresentados também sobre um ponto de vista biopsicossocial.
Idealmente, terá capacidade de colaboração com outros profissionais e sistemas de saúde, no melhor benefício do paciente.
Os osteopatas tratam a pessoa, não os seus sintomas.
De acordo com o General Osteopathic Council (ordem dos Osteopatas Britânicos), estas são as principais indicações da osteopatia:
• Dores e desconforto generalizado;
• Dor articular, incluindo dor com origem em osteoartrite;
• Dores de origem biomecânica e postural;
• Dores de cabeça cervicogénica ou outros tipos de dores de cabeça;
• Síndromes de sobre uso articular ocupacional;
• Cãimbras;
• Dor ciática;
• Espasmos musculares;
• Neuralgias e compressões neurológicas;
• Incapacidade de relaxar e ansiedade;
• Lesões associadas ao desporto.
Além destas, o clínico de osteopatia pode ajudar a rastrear problemas de saúde mais sérios e acompanhar equipas multidisciplinares na resolução de condições e doenças sistémicas e de medicina interna.
Grande ênfase na prevenção destes problemas e ajuda na educação postural e ocupacional.
Se quiser saber mais sobre se a osteopatia o(a) pode ajudar, Contacte-nos.
Não, são profissões diferentes. A osteopatia é uma profissão de cuidados primários, completamente autónoma no seu diagnóstico, tratamento e acompanhamento. Tem uma filosofia de base, que centra o interesse nas pessoas e não na doença, que a distingue de outras profissões. Têm em comum o uso de algumas técnicas manuais. É possível um osteopata ser fisioterapeuta e também o oposto, se concluírem ambas as licenciaturas.
A meu ver, as profissões podem ,e devem, trabalhar juntas, cada uma na sua área de atuação, no sentido do melhor benefício para o paciente.
Há países em que a profissão existe e é ensinada há muitos anos, fazendo com que esteja bem estabelecida e cujos profissionais têm, como é natural, maior experiência. Temos o caso do Reino Unido, onde é ensinada há mais de 100 anos e está regulamentada como profissão independente desde 1993. Como contraste, temos Espanha, onde a profissão não é regulamentada (não existe instituição reguladora a definir o que é um osteopata e a osteopatia e, portanto, a certificar a qualidade da formação e dos profissionais). Assim qualquer pessoa se pode denominar «osteopata» sem que seja devidamente avaliada, o que pode ser danoso para a profissão e o público em geral. Na Europa, já existem 12 países onde a profissão é regulamentada, pode consultar mais informação aqui: Regulation of Osteopathy in Europe.
Em Portugal, a profissão está devidamente regulamentada como de primeiro contacto e com autonomia deontológica, desde 2013, e onde já existem 9 licenciaturas aprovadas e em funcionamento. Pretende-se que Portugal possa vir a acompanhar o que de melhor se faz nos países com maior experiência.
Outros países, não europeus, onde a profissão está regulamentada são os E.U.A., Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, etc.
A osteopatia é uma profissão autónoma, mas um paciente pode beneficiar de uma abordagem multidisciplinar onde diferentes clínicos usam diferentes métodos para o ajudar. Cada uma das profissões de saúde requer estudo e dedicação profundos, pelo menos equivalente a 4 anos (tempo inteiro). Por exemplo, um profissional que se intitule osteopata, quiroprata, acupuntor e homeopata deverá ter 16 anos de frequência no ensino superior e ter cédula profissional para cada uma destas profissões. Idealmente, cada profissional está dedicado à sua área mas devendo ter uma rede de contactos de outros profissionais que pode indicar, sempre que achar que é do melhor interesse do paciente.
Se não tiver recomendações de alguém em quem confie, procure saber o percurso académico e profissional e, também, a experiência do osteopata nas áreas em que procura ajuda. Os osteopatas são inicialmente generalistas, mas vão, com o tempo e experiência, demonstrando uma vocação especial por certas áreas do conhecimento dos fenómenos humanos e da intervenção da osteopatia nos mesmos.
Quanto ao uso dos termos académicos por arte dos profissionais, penso que é útil descrever alguns termos usados:
«Certificação» ou «diplomado» não tem origem no ensino superior e não é uma licenciatura, mas sim formação profissional. Os termos "graduação" ou "pós-Graduação" pertencem ao ensino superior. Graduação é corretamente usado por quem tem, pelo menos, uma licenciatura. Cursos de Pós-graduação em que os alunos não são graduados é uma perversão do termo. «D.O.» na Europa quer dizer «diplomado em osteopatia», resultado de curso no ensino profissional. Nos EUA, D.O. significa «Doctor in Osteopathy» e corresponde a grau adquirido no ensino superior.
Toda a gente pode ser ajudada pela osteopatia (salvo contra-indicações específicas que o osteopata deverá saber identificar), desde bebés a idosos. Também nas ocupações, profissionais ou de lazer, não existem restrições e sim especializações. A osteopatia pode ajudar pessoas de todas as áreas e profissões: músicos, bailarinos, condutores, operadores fabris, atletas, estudantes, investigadores, utilizadores de computador e muitas outras.
Se tem alguma dúvida de como a osteopatia o pode ajudar na sua atividade, contacte-me.
Como em qualquer exame físico, é provável que lhe seja pedido para remover alguma roupa, é, portanto, aconselhável que use algo com que se sinta confortável. Geralmente, aconselham-se calções acima do joelho e no caso das senhoras, soutien de desporto.
Sim, caso não exista nenhuma indicação em contrário das autoridades de saúde, pode trazer alguém consigo que o acompanhará durante a consulta. No caso de menores de 18 anos, é obrigatória a presença de um adulto responsável durante toda a consulta.
Algumas técnicas podem causar algum desconforto durante o tratamento ou dias seguintes. O osteopata deverá saber informar o que pode esperar do tratamento e o que poderá sentir após o mesmo. Na grande maioria dos casos, o tratamento osteopático não causa dor.
Não, não é necessário. O osteopata tem autonomia de diagnóstico funcional na área neuromusculoesquelética. Se durante o exame for encontrada alguma razão para isso, o osteopata deve reencaminhar o paciente para o médico de família ou da especialidade em causa acompanhado de uma carta com os motivos da visita.
Embora não seja necessário, a colaboração entre os profissionais de saúde deve favorecer o paciente.
O número de tratamentos depende do problema que for apresentado e da pessoa que está a ser tratada. O osteopata deverá ser capaz de prever a determinada altura, quantos tratamentos deverão ser necessários.
A cooperação do paciente para com os conselhos, exercícios ou adaptações posturais sugeridas também é um fator a ter em conta.
Não, nem faz parte da formação de base de um osteopata. As profissões que fazem massagem são os massagistas (nas variadas abordagens), enfermeiros de reabilitação e fisioterapeutas. O osteopata, após chegar a um diagnóstico, utiliza técnicas manuais avançadas para normalizar o estado dos tecidos (p.e. músculos, tendões, nervos…), mas não de uma forma protocolar (ou seja, igual para todos), como tipicamente acontece com a massagem. Também não usa óleos, uma vez que podem interferir com a correta aplicação das técnicas.
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Qualquer questão sobre a minha prática profissional ou simplesmente sobre osteopatia é muito bem-vinda. Por favor, contacte-nos, ou use o formulário em baixo.